Cada ano vivido de John Michael "Ozzy" Osbourne é repleto de histórias e situações inusitadas. Isso tudo está documentado na autobiografia "Eu Sou Ozzy". Escrito com a ajuda de Chrys Arden, a leitura agrada tanto os fãs do Madman como qualquer pessoa que disposta a conhecer as aventuras contidas em cada uma das 386 páginas do livro.
A cada capítulo, Ozzy conta todas as fases da sua infância e adolescência antes de tornar-se um rockstar ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, que o apoiou muito naquele tempo com o Black Sabbath. Narra também sua carreira solo que o expos para mundo proporcionando o programa de TV The Osbournes.
Passado, presente e futuro de Ozzy são somados e multiplicados a seus familiares, amigos, músicos e quem tenha tido a experiência de conviver ao seu lado. Ozzy não consegue fugir de seus assuntos mais polêmicos, abrindo sobre seu relacionamento com as drogas e o álcool o que prejudicou negativamente sua vida. Passa também pelas relações nada civilizadas com Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, seus companheiros de Black Sabbath, assuntos tristes como a morte de seu fiel guitarrista Randy Rhoads e discussões jurídicas com Bob Daysley e Lee Kerslake.
Ser um rockstar não era um dos planos na vida de Ozzy. Nascido em Aston, interior da Inglaterra, era um garoto pobre, de uma família humilde enfrentando vários momentos conturbados na escola. Também prestou vários tipos de serviços: de testador de buzina a funcionário de frigorifico.
A sua vida dentro da música começou com um anúncio procurando músicos para formar uma banda. A primeira pessoa a bater na porta de Ozzy foi nada menos que Geezer Butler e foi aí que começaram os primeiros passos de uma grande banda e, pai, de futuras bandas de Heavy Metal. Ozzy conta todos os momentos das gravações dos discos do Black Sabbath, e das relações entre os integrantes do grupo com a cocaína e outras dezenas de drogas que prejudicavam os trabalhos do grupo. Todo esse transtorno definiu a expulsão de Ozzy por abuso de drogas e álcool.
Nesse ponto, Ozzy deixa de lado tudo o que passou com o Black Sabbath para dedicar-se à sua carreira solo, com o apoio de Sharon Osbourne, sua esposa. Filha do empresário Don Arden (Ozzy não se dava muito bem com ele), Sharon tirou toda mágoa de Ozzy e o trouxe de volta para o mundo da música. Sharon deixou Ozzy no lugar que sempre mereceu estar e não é exagero dizer que sem Sharon os discos solos do Ozzy não existiriam.
Um dos momentos mais chocantes, e que não podia faltar no livro é o relato sobre a morte do guitarrista Randy Rhoads. Ozzy conta em detalhes toda essa tragédia, sem esconder a raiva e tristeza até hoje.
O livro também conta sobre os riscos que Ozzy estava passando com sua saúde, com toneladas de drogas e álcool consumidos por tantos anos. E também, mostra como foi o surgimento e a ideia do seu reality-show The Osbournes, exibido pela MTV americana.
Enfim, são várias histórias de um artista que possui uma grande quantidade de fãs não só no rock n' roll, mas sim como ícone e um dos fundadores do Heavy Metal. Sinceramente, é um dos melhores livros que eu já li em toda minha vida! Ozzy Osbourne não só mostra o cara completamente louco que é, mas também mostra um excelente pai de família. Ozzy é uma lenda viva, e merece ser respeitado por todo o mundo. "Eu Sou Ozzy" é uma leitura obrigatória para qualquer fã de música.
Gabriel Arruda da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário